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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Posso dizer que vivo!

Hoje tive um sonho.
Num diálogo com um espelho, eu declarava: -Como você mudou!
Nãããão! Não tô falando fisicamente, isso é óbvio e inevitável.
Tô falando da mentalidade. O que aconteceu?
E eu te pergunto: -Isso é bom ou ruim?
Sobre isso precisei pensar!

~Quando eu era criança, pensava como criança, agia como criança, falava como criança.
Tudo era possível, tudo era bom, não existia coisas ruins que me deixassem deprimida. Nem sabia o que era tristeza!
~Quando comecei a falar, tudo o que se manifestava diante de mim, era motivo de uma looonga conversa com papai. E cada palavra que vinha na cabeça, era uma questão infinita pra que ele me explicasse!
~Quando fui à escolinha, tudo era mágico, fascinante. Minha vontade de saber sempre de tudo, despertava imapciência no meu ser. Queria que chegasse  logo o dia seguinte pra que o conhecimento superabundasse minha mente!
~Quando aprendi a andar de bicicleta, descobri que tudo na minha precisaria de lapidação, que, iagual a andar de bicicleta, eu levaria muitas quedas, mas precisaria ter força e corajem de levantar do chão, erguer a cabeça, e encontrar cada erro meu para o consertar, e assim tentaria outra vez, até encontrar o equilíbrio perfeito para me manter de pé!
~Quando me apaixonei, percebi que, até quem posssui a melhor visão, pode ficar cego instantâneamente. E que nada mais é errado, é só certo da maneira errada (risos).
~Quando me decepcionei, aprendi que, até quem é cego enxerga tudo com claridade.
Que não posso amar sem me entregar. Não posso me entregar sem me machucar. E não posso viver se não amar!
Que a única pessoa que te ama mais que Deus e você mesmo, é sua mãe!
Que a cada novo amor, as suspeitas são as mesmas, mas a cegueira também.
E que a única maneira de ficar ilesa, é não se apaixonar. E se existe alguém imune, ainda nem sabe andar de bicicleta!
~Quando meu pais me disseram não, eu quis que o tempo passasse depressa, pra que eu mesma tomasse conta de mim. Pois com minha 'maturidade' imaginável, eu sabia me cuidar. ESSE ERA MEU PEDIDO DE 13,14 E 15 ANOS!
~Quando soube minha história, nunca tive tanto sentimento se manifestando de uma vez só. A euforia, raiva, amor, e confiança estavam se mostrando maiores do que realmente eram. Aprendi que há males que vem para o bem. E que seus pais nunca mentem para você, apenas omitem!
~Quando estive na pior, descobri que TENHO AMIGOS!
Nãããããão! Não, "amigos". Mas Amigos. Que não enxugam suas lágrimas, pois nem as deixam cair!
Que fazem coisas absurdas por você, pra te ver sorrir outra vez!
~Quando finalmente meu PEDIDO se cumpriu, eu me vi desnorteada, pois estar longe da família pode ser a maior felicidade para uns, a pior sorte para outros, mas para mim foi uma lição, agora sim de Maturidade.
Aprendi que não importa quão bem e feliz você esteja, não estás completo.
~Quando tive que correr atrás do meu futuro, aprendi que você não tem que ser bom. Tem que ser o melhor!
Que pra ser lembrado, você precisa ser notado!
Bom mesmo, é ser inesquecível. Mesmo que, para apenas uma pessoa. Inesquecível é sempre inesquecível!
~Quando precisei de força e amparo, me firmei com a certeza de que Deus é Fiel. Mesmo com nossa ingratidão e desmerecimento, Ele permanece Fiel e quando não se manifesta espiritualmente, ele manda pessoas que possam oferecer seu amor. Seu mais real e verdadeiro Amor!
~E hoje, 28 de abril de 2011, descobri que não estou sozinha.
Mesmo que ninguém esteja ao meu lado, redor, há um alguém que preenche cada solidão, necessidade e presença que possa um dia me faltar!
      -' E para responder Às questões do início desse nosso diálogo, espelho meu, eu descobri que bom mesmo é viver, Ruim é estar vivo. O que aconteceu comigo, é que eu vivo.
Hum! A diferença???
Viver é aplicar na prática tudo o que aprendeu na vida. Arriscar, pois se soubesse que teria apenas um minuto de vida, iria vivê-lo ao máximo, intensamente.
Mas estar vivo, é apenas dizer que respira, que ocupa um espaço no tempo. Que se tivesse apenas um minuto de vida, se privaria de tudo, deitaria no seu leito de morte e esperaria que, dessa forma, esse minuto se prolongasse um pouco mais.
Agora eu te pergunto. Pra que estar vivo muito e viver nada?
Eu quero viver. Que seja pouco ou muito, mas que seja pura e intensamente vivido.
-Agora que cresci, penso como mulher, hajo como mulher, falo como mulher. Mas ainda brinco e vivo com a mesma intensidade de quando criança!
Obrigada oh Deus Meu, por 19 anos que vivi até aqui, e, pelos próximos que me permitires viver!
Pelas lutas, derrotas, aprendizados e conquistas.
Valeu Vivê-los!

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