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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Memórias póstumas de um romance falido.

Vivia buscando formas que preenchessem o vazio que ficava quando você saía. Fechava os olhos e aguçava a memória, buscando cada detalhe que permitisse te encontrar e reconhecer. Ainda guardo o seu boné e aquele casaco que você usou no inverno passado, seu cheiro permanece e me transporta a cada sensação que tinha ao estar contigo. Coloco os meus fones e ouço aquelas músicas, num tom que não deixe outro som entrar, eu concilio a melodia com cada palavra e gesto teu. E,
 a mania de apressar o relógio, na esperança de que ele se apressasse de verdade, me levando ao inconformismo do teu efeito não durar muito tempo, e tua ausência me fazer odiar cada minuto quando estavas longe, eram pequenas eternidades. Mas, cada 'eternidade' ao te esperar, valia a pena quando você voltava. Nesse verbo, meu coração desentoa, a melodia perdeu o sentido, e meu silêncio é o que resta... restava, nem sei mais.

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